Radiofrequência na Coluna - Controle de Dor
A coluna vertebral é uma das últimas estruturas no corpo humano a terminar seu desenvolvimento, o que acontece entre os 20 a 25 anos de idade, e uma das primeiras estruturas a iniciar seu processo de envelhecimento. Fatores genéticos ou familiares podem acelerar esse processo, muitas vezes sendo representados por dores constantes nas costas.
As primeiras alterações verificadas na coluna vertebral são a desidratação do disco e a distensão dos ligamentos da coluna que auxiliam em sua sustentação. O disco intervertebral serve como um amortecedor, absorvendo impactos. Quando desidratado, ele diminui sua altura e essa capacidade de amortecimento fica prejudicada. Os ligamentos de sustentação passam a ser mais solicitados para garantir a estabilidade da estrutura e, consequentemente, passam a apresentar aumento em seu volume e sinais de distensão.
O próximo passo do processo de envelhecimento da coluna é representado pelo aumento do volume das articulações, sempre na busca de se reduzir a carga naquele segmento e garantir maior equilíbrio para a coluna. Nesse processo, no entanto, há inflamação no envoltório das articulações (cápsula articular) e também dentro delas, representada por desgaste nas cartilagens e aumento de líquido articular, o que ajuda a aumentar a dor local. Essas dores são relatadas pelas pessoas como dores piores pela manhã, ao dobrar a coluna para trás e ao sair de um veículo, melhoram quando se deitam ou ainda quando estalam as costas. São dores em faixa, por vezes irradiadas para o bumbum e parte de trás das coxas. São dores que queimam e pesam.Podem se apresentar em diferentes pontos pelas costas (figura).
Nesses casos, de articulações já desgastadas, além de outras medidas para tratamento de dor, pode-se considerar o uso da radiofreqüência. Não é um tratamento que cura a artrose, mas serve para aliviar as dores decorrentes dela, com alívio que pode se perdurar por muitos meses.
Normalmente, realiza-se um bloqueio diagnóstico, uma infiltração na coluna, para determinar se haverá sucesso na realização da radiofrequência. Há casos, no entanto, em que esses bloqueios são contra-indicados e ainda assim a radiofrequência pode ser feita. É um procedimento seguro, não necessita de internação hospitalar. Sua realização é feita em ambiente de centro cirúrgico para garantir a segurança do paciente, é feito com uma leve sedação e anestesia local e termina rápido.
O médico habilitado para o procedimento introduz agulhas nas costas dos pacientes com visão direta da articulação, seja por raios-X ou ultrassonografia, com o objetivo de atingir os nervos que transmitem a dor das articulações afetadas. Por um aparelho de radiofrequência, ele esquenta a ponta dessas agulhas e inativa esses nervos. Qualquer ponto da coluna pode ser acessado. O que se verifica é a melhora dos sintomas e da qualidade de vida desses pacientes.Em poucos dias há retorno para as atividades do dia a dia, com pouca ou nenhuma dor.